sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sangue

Introdução: O sangue leva a todas as células do organismo elementos nutritivos e energéticos, evacua os seus desperdícios, participa na defesa contra as infecções e difunde hormonas (é pelo sangue ter tantas funções que quando fazemos análises, essas mesmas revelam muita coisa sobre a nossa saúde). O sangue compõe-se de duas partes: uma líquida, o plasma, e outra formada por diversos elementos figurados, transportados pelo plasma.

O Plasma

O plasma contém água e sais minerais bem como substâncias orgânicas (glúcidos, lípidos, proteínas, vitaminas, hormonas). Através da parede dos capilares, o plasma faz a troca das substâncias com o líquido intersticial onde as células estão imersas. Forma com esse líquido o meio interior do organismo.
Dada a agitação mecânica que a circulação representa, por um lado, e a rapidez das trocas, por outro, todas as células se mantêm num meio homogéneo que lhes convém, qualquer que seja a zona do corpo.
Quando a parede de um vaso é lesada (ocorre uma ferida), vêm as plaquetas para coagular o sangue, de seguida vem o fibrinogénio, que se transforma em filamentos de fibrina, constituindo a trama de um coágulo que aprisiona as células. A fibrina, as células encurraladas e o fluído do sangue endurecem formando uma crosta protectora. Dá-se inicio à cicatrização.O resto do plasma (sem fibriogénio), que permanece líquido e pode escapar do coágulo, é o soro.

Os Glóbulos vermelhos

Este constituinte do sangue (também podendo chamar-se hemácias ou eritrócitos), são pequenos discos sem núcleo (uma vez que este foi eliminado no decorrer da sua formação), duram +/- 120 dias na corrente sanguínea e têm origem na medula vermelha dos ossos.
Os rins estão encarregues da limpeza do sangue e vão detectando os níveis de oxigénio, se os níveis tiverem demasiado baixos, eles "dizem" à medúla óssea para fabricar mais hemácias. A sua única função é o transporte de hemoglobina, proteína associada a ferro que fixa o oxigénio no interior dos pulmões e o liberta no plasma quando ela se encontra num tecido, ou seja, é responsável pelo transporte de oxigénio e dióxido de carbono. Esta proteína tem cor vermelha e é por este constituinte existir em grande quantidade que tem essa mesma cor, aí está a razão.
PS: Só para se ter uma ideia do grande numero de globos vermelhos existentes no sangue - para cada glóbulo branco, nós possuimos 700 hemácias.

As Plaquetas

Este elemento figurado (também conhecido por trombócito), não são bem células pelo sentido da palavra, mas sim pequenos fragmentos de células que se encontram na medula óssea. A sua forma é irregular (fragmentos), dura 1 semana na corrente sanguínea e origem na medúla vermelha dos ossos. Dada a sua aderência entre si, elas dão início aos penómenos da hemostase (paragem de hemorregias), antes da intervenção do fibriogénio - esta propriedade das plaquetas está explicada como funciona mais acima. Se não fossem as plaquetas, ao fazer uma pequena ferida poderiamos morrer, pois o sangue não iria parar de correr.

Os Glóbulos Brancos

Os glóbulos brancos (tambem conhecidos por leucócitos), têm a particularidade, relativamente aos glóbulos vermelhos e às plaquetas, de só utilizarem o sangue como meio de transporte e de não desempenharem aí nenhum papel activo.
Têm a forma irregular, duram +/- 1 semana na corrente sanguínea e têm origem na medúla vermelha dos ossos, nos orgãos linfácticos (timo e baço) e gânglios linfácticos. Sob o efeito do fenómeno de quimiotismo (atracção para o local de onde provém uma substância química), desencadeado por exemplo por uma bactéria, efectiam a travessia da parede de um capilar sanguíneo: Diapedese (os glóbulos brancos são os únicos constituintes do sangue que conseguem sair da corrente sanguínea). Uma vez nesse tecido, os glóbulos brancos são capazes de se descolar para exercer as suas funções de defesa dos tecidos.
Qualquer invasor ou ferimento pode accionar o alarme geral do nosso sistema imunitário. O tecido vermelho, quente e inchado, é o resultado disso. Contudo, o nosso corpo tem como alvos invasores específicos. As células invasoras exibem um elemento de identificação químico único a que se dá o nome de antigénio. Estes elementos de identificação permitem que o sistema imunitário distinga os bons da fita - as nossas células - dos maus. As células imunitárias especiais reconhecem os antigénios possíveis.
Denominadas células B e células T, cada uma delas vagueia pelo corpo, à procura de um invasor específico. Se encontrar o seu suspeito, a célula reproduz-se rapidamente. Cria um exército para combater este inimigo. As células T matam directamente. As células B marcam o inimigo com substâncias químicas denominadas anticorpos e depois haverá outras células que o destroem. A 1ª vez que um agente estranho procede a uma invasão, não dispomos de muitos anticorpos para defrontá-lo, por isso há mais probabilidade de adoecer-mos. No entanto, esse corpo estranho ficou memorizado no nosso sistema imunitário por isso da próxima vez é melhor para nós, porque o nosso ataque irá ser rápido.


As Células do Sangue e a sua Formação

Os glóbulos brancos compreendem os granulócitos eosinófilos, neutrófilos e basófilos, assim como os linfócitos e os monócitos. Os glóbulos vermelhos são de longe os mais numerosos. As plaquetas são pequenos fragmentos de células. A síntese, parte de células-mãe que, em função das necessidades, começam a proliferar, á medida que vão sofrendo uma maturação até se tornarem células sanguíneas adultas. Os linfócitos e os seus percursores formam a linhagem linfóide, todas as outras células constituem a linhagem mielóide.

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